O governo quer concluir, nesta semana, os estudos sobre a viabilidade de retomar o horário de verão. As discussões sobre o assunto ainda estão em andamento e são lideradas pelo Ministério de Minas e Energia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética, nessa terça-feira (17), deve discutir o assunto. O comitê inclui ainda representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O encontro, no entanto, ainda não está oficialmente confirmado.
Fontes ouvidas pela CNN apontam que a tendência deve ser de recomendar a volta do horário de verão, mas que a decisão final deve ser do Palácio do Planalto.
O próprio ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou – em entrevista à Rádio Itatiaia – que o horário de verão passa a ser uma realidade muito premente do ponto de vista energético, até para evitar que a conta de energia elétrica suba. Segundo ele, não é possível dizer que o Brasil vive um momento de insegurança energética.
“Com essa escassez hídrica no momento de pico entre 18h e 20h, quando a gente perde a energia solar e diminui a eólica, nos precisamos despachar as térmicas. O efeito do horário de verão não é só um efeito de segurança energética”, afirmou.
Silveira lembrou que a situação atual é diferente de anos atrás, porque há um caixa de R$ 9 bilhões para investir nas distribuidoras, mas que é preciso aumentar a segurança e a resiliência do sistema, além de fazer o planejamento para 2026.
O fim do adiamento de uma hora no relógio foi oficializado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em abril de 2019. A justificativa foi a análise econômica de energia no período e como o relógio biológico da população é afetado.