Guerra tarifária forçou empresas a reverem metas, diz especialista

A economia americana mostrou sinais de desaceleração no primeiro trimestre de 2025, conforme análise de Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos. Durante sua participação no programa WW desta quarta-feira (30), Cruz destacou que a guerra tarifária tem forçado empresas a reverem suas metas, impactando significativamente o cenário econômico.

Segundo o especialista, muitas empresas estão abandonando ou revisando para baixo seus “guidances” – planejamentos e metas para o ano – devido à incerteza gerada pela guerra tarifária. Cruz explicou: “Essa guerra tarifária torna as metas inviáveis e isso pode fazer com que a economia desacelere muito mais rapidamente ao longo do resto do ano”.

Cruz também abordou as implicações dessa situação para as decisões do Federal Reserve (Fed) sobre as taxas de juros. Antes da questão das tarifas, o Fed teria capacidade de reduzir a taxa de juros, atualmente em 4,5%, para patamares mais próximos de 4%. No entanto, a guerra tarifária tem gerado preocupações adicionais.

O estrategista ressaltou que os dados de inflação divulgados recentemente mostram um distanciamento da meta de 2% estabelecida pelo Fed. “Uma das métricas que eles observam, que é o PCE, subiu para 3,6%, se distanciando da meta de 2%”, afirmou Cruz.

A análise de Cruz aponta para um cenário de incertezas. O mercado financeiro e as autoridades monetárias estão tentando entender se os efeitos da guerra tarifária serão passageiros ou se contaminarão outros setores da economia de forma mais duradoura.

Além disso, o especialista alertou para a possível retração nos gastos do governo, que já apresentou uma leve queda no primeiro trimestre. Cruz prevê que o impacto total dessa redução nos gastos públicos só será percebido nos próximos meses, à medida que os funcionários públicos em licença começarem a aparecer como desempregados nas estatísticas oficiais.

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