A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) afirmou à CNN nesta sexta-feira (14) que a discussão a respeito do projeto que equipara o aborto feito após 22 semanas de gestação ao homicídio não tem levado em conta a vida dos bebês.
“Eu fico um pouco chocada também com pessoas que não se importam com a vida do bebê. Estão falando do estuprador, estão falando da vítima, mas ninguém se importa com a vida do bebê, que pode, inclusive, nascer uma mulher”, disse Zanatta.
A declaração foi dada durante debate realizado no Live CNN, exibido de segunda a sexta-feira a partir das 9h.
No programa, Zanatta debateu com a deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS).
A deputada do PL apontou estar “chocada com a quantidade de desinformação e deturpação” em relação ao PL 1.904/24.
“A vítima de um estupro não vai ser impedida de realizar um aborto ali no caso das exceções. Nós só estamos colocando um limite, de até 22 semanas ou cinco meses”, afirmou a deputada do PL.
Projeto “nos equipara a leis do Talibã no Afeganistão”, diz deputada do PSOL
Por outro lado, Fernanda Melchionna (PSOL-RS), declarou que, caso a proposta seja aprovada, a legislação brasileira sobre o tema se “equipararia a leis do Talibã no Afeganistão”.
“Para você ter ideia, [a aprovação do PL] nos equipara mais ou menos às leis do Talibã no Afeganistão, o que essa bancada fundamentalista quer impor de retrocesso no Brasil”, argumentou Melchionna.
Segundo a deputada do PSOL, que o projeto de lei, que teve a urgência aprovada pela Câmara dos Deputados na quarta-feira (12), é parte de “uma tentativa sistemática de retroceder nos casos que o aborto é legal no Brasil”. “Nós estamos falando de uma lei de 1940, e [tentativas] de forma sistemática.”
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