Segundo estudo da Robert Half, 4 em cada 10 empresas — ou 40% — apontaram a falta de oportunidades de crescimento como principal motivação para profissionais solicitarem a saída voluntária do emprego no ano passado.
O número representa um crescimento, já que no levantamento realizado em 2023 pela companhia, essa alternativa era apontada por 25% dos negócios.
O “turnover”, como é conhecida a rotatividade nas empresas, teve uma taxa inferior a 5% em quase metade das empresas. Já 28% delas reportaram uma rotatividade superior aos 10%, um avanço em relação ao ano anterior.
Entre os motivos para os profissionais solicitarem o desligamento de seus postos, melhores propostas em outros locais ainda foi a mais citada.
A falta de expectativa de crescimento profissional e salários abaixo da média do mercado seguem na lista de motivações para pedir demissão.
Segundo Lucas Nogueira, diretor regional da Robert Half, a situação macroeconômica de pleno emprego, com mão de obra qualificada, afeta nesse movimento apontado pelo estudo.
“Quando olhamos para essa mão de obra qualificada, o cenário é bastante otimista, o que, consequentemente, gera uma briga por talentos e reflete no turnover das empresas”, explicou Nogueira.
A taxa média do desemprego no Brasil recou a 6,6% em 2024, para o menor patamar da série histórica iniciada em 2012, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua publicados no fim de janeiro.
Somado a isso, conforme o Guia Salarial Robert Half, mais de 44% das empresas brasileiras planejam abrir posições permanentes em 2025 e 32% pretendem buscar profissionais temporários para atuarem em projetos específicos.
Com isso, a perspectiva do especialista da Robert Half indicou que a perspectiva para esse ano é “uma dança das cadeiras bastante aquecida”.
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