O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou dos integrantes do governo e de líderes no Congresso uma exigência maior com ministros de estado indicados pelos partidos de centro. A principal crítica diz respeito à falta de envolvimento e diálogo com as bancadas durante votações importantes para o Executivo.
No Planalto, a avaliação é de que os ministros do União Brasil, MDB, Republicanos e PSD devem atuar mais firmemente na tentativa de garantir votos dos correligionários.
A análise de integrantes do governo é de que as pastas foram cedidas como uma forma de montar uma base, mas que as siglas que participam do governo atuam de maneira independente dentro do Congresso, o que não justificaria tantos espaços na Esplanada.
Durante reunião nesta segunda-feira (3) com líderes do governo no parlamento e o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, Lula definiu que eles devem mapear a atuação dos ministros do Centrão. O presidente também confirmou que deve promover reuniões toda segunda-feira para analisar a agenda da semana no Legislativo.
Derrotas no Congresso
Durante sessão conjunta do Congresso, na última semana, o governo viu cair o veto do presidente Lula à “Lei da Saidinha”, dificultando a saída temporária concedida pela Justiça como forma de ressocialização dos presos e manutenção do vínculo deles com o mundo fora do sistema prisional.
O governo também teve que aceitar a manutenção de um veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que impede a punição a atos de “comunicação enganosa em massa”.
Na Câmara, o governo teve de ceder e negociar a permissão de impostos para compras internacionais até US$ 50, a chamada “taxa das blusinhas”.
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