Nesta sexta-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), declarou que pode vir a tomar uma “atitude mais drástica” se as medidas para baixar os preços dos alimentos não funcionarem.
“O preço do café está caro, o ovo, o preço do milho está caro e nós estamos tentando encontrar uma solução. A gente não quer brigar com ninguém, a gente quer solução pacífica, sem nada, mas se a gente não encontrar, a gente vai ter que tomar uma atitude mais drástica, porque o que interessa é levar comida barata para a mesa do brasileiro”, disse o presidente durante cerimônia de entregas do programa Terra da Gente, que ocorreu em Campo do Meio, Minas Gerais.
O governo federal anunciou, na tarde de ontem (6), uma série de medidas para tentar conter a alta no preço dos alimentos.
Entre as medidas, o governo anunciou que vai zerar a alíquota de importação de alimentos como a carne, que hoje tem tarifa de 10%; o café, com 9%; o açúcar, atualmente em 14%, entre outros.
Segundo o anúncio do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), as medidas serão aprovadas pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) em “questão de dias”.
“São todas medidas para reduzir preço, para que o cidadão possa manter o poder de compra. Isso acaba estimulando o comércio e a economia. O governo está abrindo mão de imposto para favorecer a redução de preço”, ressaltou Alckmin.
“Governo inteiro está preocupado”
Durante o evento, Lula mencionou que o “governo inteiro está preocupado” com a alta nos preços dos alimentos, e que está buscando uma explicação, principalmente pelo aumento do valor do ovo.
“Nós estamos muito ansiosos, o governo inteiro está preocupado, tem muito empresário também que está preocupado”, pontuou o presidente.
“Estamos fazendo muito, ontem foi feita uma reunião no Palácio com muitos ministros, muito empresários, já tomamos algumas medidas, mas eu quero encontrar uma explicação para o preço do ovo. Galinha não está cobrando caro. Eu ainda não encontrei uma galinha para pedir aumento do ovo, a coitadinha sofre, ainda canta quando põe ovo, mas o ovo está saindo do controle. Uns dizem que é o calor, outros dizem que é exportação, e eu estou atrás, porque eu gosto de ovo, como dois ovos por dia”, afirmou.
