O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na última segunda-feira (5) a destruição do passaporte de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio.
O pedido de destruição foi feito pela Polícia Federal, que alega que o documento está “cancelado” desde 2023.
Segundo a PF, a medida o torna “sem efeito e insuscetível de utilização como documento válido de identidade e viagem internacional para o proprietário”.
A PF diz ainda que o passaporte também não tem utilidade nas investigações contra Leo Índio, o que o torna completamente inutilizável.
Leo teve prisão determinada por Moraes em abril após ele ter descumprido medida cautelar e ter ido para a Argentina.
De acordo com a decisão, Leo Índio tinha “plena ciência” do cancelamento de seu passaporte, tendo deliberadamente fugido do Brasil.
Ele ainda se encontra na Argentina e por isso continua livre como foragido.
Leo poderá ser preso de imediato se retornar ao Brasil voluntariamente.
Ele também pode ser detido na Argentina e depois extraditado ao Brasil caso o governo brasileiro solicite e o país vizinho aceite o pedido.
Primo de três filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Léo Índio é réu no STF por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023.
O Ministério Público diz que o próprio Leo produziu, nas redes sociais, provas “suficientes” para responder ao processo.
Ele ainda teria integrado grupos de WhatsApp com temática antidemocrática, onde se compartilhavam mensagens de insurreição.