A ordem de prender acusados de ameaçar familiares do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes veio dele mesmo, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).
A informação é de fontes da investigação e do próprio Supremo, após a prisão de pessoas nesta sexta-feira (31).
A PGR submeteu os pedidos no escopo do inquérito das Fake News, que tramita no STF, desde 2019. A investigação mira pessoas com e sem foro privilegiado acusados de fazerem ameaças e ofensas a autoridades e instituições.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nesta manhã pela Polícia Federal. A PF não fez os pedidos, como em outras situações.
Desta vez, os pedidos à Justiça partiram da PGR, de acordo com fontes da investigação.
Em nota à imprensa, o gabinete de Moraes informou que o pedido feito pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, “evidencia com clareza o intuito de, por meio das graves ameaças a familiares do Ministro Alexandre de Moraes, restringir o livre exercício da função judiciária pelo magistrado do Supremo Tribunal Federal à frente das investigações relativas aos atos que culminaram na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito em 8.1.2023”.
Sobre as duas prisões, o comunicado diz que o pedido de Gonet aponta existência de “provas suficientes” e que “a gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas evidenciam, ainda, o perigo concreto de que a permanência dos investigados em liberdade põe em risco a garantia da ordem pública”.
A audiência de custódia dos presos está marcada para hoje às 17h e às 17h30.
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