O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) respondeu nesta terça-feira (18) às críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de defender o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, das falas do petista.
Em entrevista à rádio CBN na manhã de hoje, Lula criticou a gestão de Campos Neto e disse que o presidente do BC, ao se reunir com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na semana passada, estaria pleiteando um cargo na gestão estadual.
Na sequência, Lula teceu um paralelo entre Campos Neto e Moro.
“Sabe, então, quando ele [Campos Neto] se autolança para um cargo, eu fico me perguntando: nós vamos repetir o [Sergio] Moro? O presidente do Banco Central está disposto a fazer o mesmo papel que o Moro fez? O paladino da justiça com o rabo preso a compromissos políticos?”, questionou o petista, que acusou ainda Campos Neto de ter lado político e trabalhar contra o país.
Moro aproveitou sua participação na sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para rebater Lula e sair em defesa de Campos Neto.
“O presidente Lula acabou de fazer um ataque pessoal ao Campos Neto, presidente do Banco Central e à autonomia do Banco Central. Quero aqui registrar meu repúdio. Inclusive ele me menciona nesse ataque ao Campos Neto.”
Moro disse que “o governo está derretendo, o dólar está subindo, as expectativas econômicas estão se deteriorando”.
“Não existe outro assunto na política que não 2026, a demonstrar o fracasso desse governo. E o presidente Lula busca bodes expiatórios, tentando atribuir más intenções a gestão do Banco Central pelo Roberto Campos Neto.”
O senador ainda falou que existe, “paralelamente a esses ataques pessoais, uma asfixia do Banco Central por outros caminhos”.
“Mas, acima de tudo, eu queria aqui registrar minha solidariedade ao presidente Campos Neto e o repúdio ao ataque pessoal, à falta de institucionalidade que foi manifestada hoje pela manhã pelo presidente Lula em relação a ele e ao Banco Central, querendo levantar uma cortina de fumaça sobre o fracasso do governo na gestão da economia”, finalizou Moro.
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