Munir: “‘Mulheres Mãos à Obra’ é essencial para alavancar a construção civil na cidade, que necessita dessas profissionais”
Na segunda, 10, aconteceram as aulas inaugurais do projeto “Mulheres Mãos à Obra”, criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos de Volta Redonda, que é executado em parceria com a Fevre, ofertando cursos de Elétrica Predial, Pintura Predial, Técnicas Básicas da Construção Predial e Solda com Eletrodo Revestido e Oxicorte. No total, 160 mulheres estavam presentes, todas sonhando em, por que não, se formar dentro de mais alguns meses – em 18 de julho – e arrumar uma colocação na Usina Presidente Vargas. Detalhe: o curso de Solda com Eletrodos já tem 16 mulheres na lista de espera para o segundo semestre.
“A mulher tem que ocupar também os espaços de decisão sobre o seu futuro e continuar crescendo, evoluindo. A mulher que sai daqui formada pode dizer que agora é uma profissional. Poucos municípios têm cursos como esses, em que o poder público oferece transporte, lanche, material didático, equipamento de proteção individual, uniforme, cadernos, todo o incentivo para que a aluna matriculada nunca desista e conclua o aprendizado até o final”, enfatizou Glória Amorim, titular da pasta.
A gerente-geral de Gestão de Pessoas da CSN, Ana Paula, falou sobre a possibilidade de a siderúrgica passar a usar mais mão de obra feminina na usina siderúrgica. “A CSN está em expansão do seu quadro de funcionários, e o desejo para este ano é chegar aos 28% de mulheres contratadas no seu quadro geral de funcionários”, afirmou. Já a coordenadora de Recursos Humanos da CSN, Carla Lages, reafirmou os números e citou a importância de valorizar o trabalho profissional feminino na política de contratações da empresa “A gente valoriza muito a profissionalização da mulher dentro das possibilidades de contratação para auxiliar no processo de empregabilidade da empresa, sendo fundamental para a indústria essa preparação da mão de obra.
No ano passado, foram contratadas 700 mulheres, e muitas vieram dos programas de qualificação da prefeitura e foram trabalhar como operadoras de produção, soldadoras, eletricistas e até supervisoras. A gente pretende aumentar muito o número de mulheres, com mais 700 contratações na produção”, afirmou, garantindo que a CSN começou com 3% de trabalhadoras contratadas no seu quadro. “No ano passado, o nosso quadro de mulheres empregadas representou 24% da mão de obra da CSN, e queremos chegar a 28% este ano. A parceria com a prefeitura (de Volta Redonda) vem fortalecendo muito essa meta de colocar mulheres em todos os núcleos produtivos da empresa. A gerência de Desenvolvimento Industrial orienta que, depois de formadas, com tudo que vão aprender aqui, que façam as inscrições no processo seletivo da empresa”, concluiu Carla Lages.