O comentarista José Eduardo Cardozo e a jornalista e ex-senadora Ana Amélia Lemos discutiram, nesta quinta-feira (6), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se os Estados Unidos dificultam a relação diplomática com o Brasil.
“Trump quer fortalecer a extrema direita em todo o mundo e vai utilizar, para isso, o poderio que puder. Quem conhece e leu sobre Trump como empresário sabe que ele radicaliza ao extremo para tentar obrigar aquele com quem ele mantém relação a se ajoelhar, ou seja, ele usava o poder que ele tinha no plano empresarial para atingir até aliados. Como governante dos EUA, ele está fazendo a mesma coisa”, ponderou Cardozo.
Já Ana Amélia Lemos acredita que Donald Trump é personalista e dá importância à diplomacia presidencial.
“A presidente do México, que é de esquerda, ligou para o Trump. Não houve ainda nenhum contato pessoal do presidente Lula. Há uma diplomacia presidencial nesse aspecto e é essa que vale. O Trump tem um tipo de exercício político diferenciado, ele toma uma decisão agora e muda amanhã. Certamente não será diferente com o Brasil caso o país mude de posição em relação à questão tarifária”, opinou.
O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, teve conversas telefônicas ou encontros pessoais com representantes de pelo menos 58 países em um mês e meio de governo Donald Trump, mas deixou o Brasil fora de sua lista de contatos. O levantamento foi feito pela CNN com base em registros do Departamento de Estado.
Em janeiro, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, enviou uma carta a Rubio cumprimentando-o por sua nomeação. Os dois, porém, não se falaram nenhuma vez.