Secretário da Semop, Coronel Henrique, deu orientações sobre como acionar os serviços do município na defesa de vítimas de violência doméstica
Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado neste dia 8 de março, o secretário municipal de Ordem Pública, Coronel Henrique, ministrou nesta sexta-feira (7) uma palestra sobre a rede de proteção às mulheres em Volta Redonda. O evento aconteceu em um auditório de uma empresa de contabilidade no bairro Retiro. O objetivo foi apresentar os serviços do município na defesa de vítimas de violência doméstica e orientar sobre como acioná-los. O público-alvo foram profissionais, na maioria mulheres, da contabilidade e também de uma empresa de vigilância e segurança.
Coronel Henrique lembrou que Volta Redonda foi pioneira na defesa das mulheres com a criação da Patrulha Maria da Penha em 2016, quando ele ainda era comandante da Guarda Municipal (GMVR) e destacou a importância do serviço para frear a violência.
“Não podemos dar oportunidade à violência. A Patrulha Maria da Penha é mais uma forma de frear esses conflitos sociais e fortalecer a rede de segurança pública de Volta Redonda. Criamos esse serviço na época porque entendíamos que era uma necessidade, e logo depois a Polícia Militar também criou, assim como outras cidades. Hoje, ela é uma ferramenta importante que desenvolve visitas às vítimas de violência doméstica, oferece apoio em deslocamentos até o IML (Instituto Médico Legal), Defensoria Pública e à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) – em caso de descumprimento de medida protetiva, por exemplo”, pontuou o secretário.
Projeto Violeta e botão de pedido de ajuda
Coronel Henrique apresentou também outras ferramentas à disposição das mulheres de Volta Redonda, como, por exemplo, o Projeto Violeta – iniciativa do Poder Judiciário que tem o apoio da prefeitura, por meio da Semop –, que busca dar celeridade aos pedidos de medida protetiva.
Por meio desse projeto, a decisão sobre uma medida protetiva é tomada em até quatro horas – a partir da vítima registrar o caso na delegacia até a apreciação do juiz. Depois de ser ouvida e orientada por uma equipe multidisciplinar do Juizado, a mulher sai com a decisão judicial em mãos. A prefeitura auxilia no projeto, cedendo profissionais como assistente social e psicólogo.
Outro recurso disponibilizado pela Semop é o “botão de pedido de ajuda”, dispositivo interligado ao Ciosp (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública) e oferecido às mulheres vítimas de violência doméstica. Na prática, elas podem acionar as forças de segurança com um simples apertar de botão, no celular, por exemplo, para pedir ajuda em situações de perigo iminente.
“Em cinco segundos após o aperto do botão, a solicitação chega ao Ciosp, que presta o apoio necessário, enviando uma viatura da Polícia Militar ou Guarda Municipal mais próxima. Por possuir um sistema de georreferenciamento (GPS), as forças de segurança sabem a localização exata onde a vítima está. É um serviço que já está em funcionamento. Com essa rapidez e prontidão no atendimento conseguimos evitar que uma agressão não se torne algo mais contundente. Sem deixar que qualquer situação de violência fique impune”, disse Coronel Henrique.
O secretário frisou a importância da participação da população na defesa da mulher. “Não existe sucesso na segurança pública sem a participação da sociedade. Não consigo ter uma viatura em cada esquina, mas posso ter uma pessoa do bem nos demandando; e quando eu falo isso não digo só com denúncia, mas também de comportamento, com a adoção de boas práticas e levando informação. Então se nós tivermos uma cidade onde todos participam e confiam na Segurança Pública, a gente tem o poder de persuadir e frear alguns tipos de comportamentos”, concluiu.
Denúncias
Para denunciar casos de violência contra a mulher, o morador de Volta Redonda pode ligar para os números 153 (Guarda Municipal), 190 (Polícia Militar) e 197 (Polícia Civil).
Foto de Thiago Santos/Semop.
