O ouro fechou em queda nesta quarta-feira (28) apesar da cautela adotada pelos investidores em Wall Street, que esperam por mais dados dos Estados Unidos, mirando os cortes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). A baixa do metal reflete uma correção dos níveis recordes registrados nos últimos pregões.
Nesta quarta, o ouro para dezembro encerrou em baixa de 0,59%, a US$ 2.537,80 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Para a XTB MENA, o metal precioso pode experimentar mais volatilidade de preço esta semana, enquanto os investidores esperam os lançamentos de dados econômicos, como o índice de preços de consumo pessoal (PCE) na sexta-feira.
Os índices podem influenciar no tamanho do corte da taxa de juros do Fed, o que consequentemente deve afetar em uma busca maior ou menor pelo ouro.
De acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group, 63,5% do mercado vê a probabilidade do corte em setembro ser de 25 pontos-base, enquanto 36,5% projeta uma redução de 50 pontos-base.
“Taxas de juros mais baixas são tipicamente positivas para o ouro em barras sem juros, aumentando o apelo do metal precioso para os investidores”, explica a XTB MENA.
O TD Securities cita que o preço do ouro também está limitado, por já ter atingido seus níveis mais altos desde o auge da pandemia. O banco de investimentos avalia que a perspectiva para o metal precioso é de baixa no curto prazo, com riscos “significativos”, por mais que a narrativa de fundamentos sugira um impulso no preço do metal — tensões geopolíticas, incertezas no mercado, desvalorização do dólar e flexibilização monetária do Fed.