Dois pacientes – um de 33 e outro de 50 anos, mesmo não tendo seus nomes revelados – vão entrar para a história da cidade do aço. Serão identificados apenas nos prontuários e relatórios oficiais da prefeitura de Volta Redonda e do Hospital da Fundação Oswaldo Aranha, o H.FOA (antigo Hinja). O motivo para entrarem para a história é que foram os primeiros a passarem por uma cirurgia com um robô operado pelas mãos do cirurgião Heitor Santos, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia. As duas cirurgias foram um sucesso. Melhor. Nada custaram aos dois pacientes, já que as despesas serão custeadas pelo SUS, graças a um contrato firmado pelo governo Neto com o H.FOA, que prevê um total de 135 cirurgias com o uso da tecnologia. Serão dois procedimentos por dia, além de outras 3,7 mil cirurgias tradicionais, sem contar consultas e exames. O equipamento – um robô Da Vinci X, que custa em torno de R$ 11 milhões a R$ 16 milhões – foi adquirido pelo H.FOA, conforme o aQui divulgou com exclusividade (edição 1412, de 8 de julho), possui quatro braços dotados de pinças que são manipulados pelo cirurgião, que fica sentado num cockpit ao lado, e que permite, quando necessário, que a cirurgia seja feita remotamente, com o especialista podendo operar o robô mesmo em outra parte do mundo.
As quase 140 cirurgias previstas pelo contrato servirão a pacientes atendidos pela rede municipal de saúde de Volta Redonda, que, além dos casos de hérnia complexa, tenham sido diagnosticados com câncer de próstata ou endometriose. Entre as vantagens do uso da tecnologia, está o caráter menos invasivo, propiciando incisões muito menores do que em um procedimento cirúrgico tradicional. Dessa forma, o risco de infecções diminui, assim como as chances de erro médico; o tempo de internação e recuperação do paciente também é menor. “A importância dessa parceria com a Prefeitura de Volta Redonda é que nós estamos proporcionando o retorno desses pacientes à sua vida ativa, de modo que essa cirurgia, feita de forma minimamente invasiva, permite um retorno muito mais rápido para o seu cotidiano normal. Além disso, existe uma garantia muito maior de resultado a curto, médio e longo prazo, impedindo que esses pacientes, que em sua maioria foram operados mais de uma vez, tenham agora tratamento definitivo e sem recidiva da doença”, esclareceu o cirurgião, Heitor Santos.
Para o prefeito Neto, as duas cirurgias marcam um novo tempo para a Saúde em Volta Redonda. “Graças ao SUS e ao contrato com o Hospital da FOA, vamos diminuir ainda mais o tempo de espera pela cirurgia dos nossos pacientes, que terão, ainda, mais segurança na realização do procedimento e conforto para a recuperação, que será ainda mais rápida.
O povo de Volta Redonda pode ter certeza de que sempre vamos nos dedicar a fazer do nosso sistema de saúde uma referência para todos”, disse, acrescentando que já foram realizadas quase 20 mil cirurgias de catarata desde 2021, entre outras realizações, e que em 2025 devem ser realizadas as primeiras cirurgias de transplante de coração pelo SUS em Volta Redonda, no Hospital da Unimed.