A Polícia Federal (PF) incluiu o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) como investigado no inquérito que apura tentativa de golpe de Estado no Brasil.
Em julho, a CNN mostrou que a PF encontrou mensagem de Ramagem com orientações para o então presidente Jair Bolsonaro (PL) questionar as urnas eletrônicas após ser derrotado em outubro de 2022.
Com o decorrer das análises, a PF encontrou mais elementos. Além de mensagens, foram achados documentos e e-mails. A reportagem apurou que depoimentos também corroboram a suspeita para a inclusão do nome dele no inquérito.
Segundo fontes ouvidas pela CNN, os e-mails estão “no contexto do golpe, do atentado à democracia”. Seria mais do que “apenas” orientação a Bolsonaro.
Com base nos elementos, a PF intimou o parlamentar para prestar esclarecimento em depoimento nesta terça-feira (5), de tarde, na sede da PF, em Brasília.
Ele será interrogado em razão desses elementos encontrados no inquérito da “Abin paralela”, cujo compartilhamento de provas foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ramagem terá que prestar esclarecimentos sobre eventual participação nos atos. Ele era o chefe da Agência Brasileira de Inteligência no governo Bolsonaro.
O interrogatório é parte final desse inquérito que investiga Bolsonaro, ex-ministros e militares do Exército. Conforme noticiado pela CNN, a finalização do caso foi adiada para novembro por conta desses novos elementos encontrados com os suspeitos.
A CNN procurou a defesa e assessoria do deputado e aguarda retorno.