Reforma ministerial não vai mudar governabilidade, diz analista ao WW

A possibilidade de uma reforma ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve alterar significativamente a governabilidade do Executivo, segundo avaliação da sócia e analista política da XP Investimentos, Júnia Gama.

Em participação no jornal WW desta terça-feira (25), Júnia explicou que as mudanças pontuais na equipe ministerial terão pouco impacto na relação do governo com o Congresso Nacional.

De acordo com a analista, o governo Lula está em busca de uma agenda eleitoral com vistas às eleições de 2026. No entanto, as negociações para a reforma ministerial têm se arrastado devido à resistência dos partidos em se comprometerem com uma aliança de longo prazo com o atual governo.

“Por que essa reforma ministerial está tão arrastada? Porque os partidos com o quais o presidente negocia não estão dispostos a se comprometerem com uma aliança com esse governo para 2026”, avaliou.

Até o momento, apenas duas mudanças foram realizadas na Esplanada dos Ministérios. A primeira ocorreu na Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), com a nomeação do marqueteiro da campanha eleitoral de Lula, Sidônio Palmeira, no lugar de Paulo Pimenta.

A segunda mudança envolve a transferência do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para o Ministério da Saúde. Padilha assume a vaga deixada pela ministra Nísia Trindade. A demissão de Nísia foi confirmada em uma nota oficial no início da noite desta terça-feira.

Gama ressalta que a ida de Padilha para a Saúde é uma tentativa de o governo ter “mais um produto para colocar na vitrine eleitoral”. O presidente Lula tem demonstrado interesse em impulsionar o programa “Mais Especialidades”, que não avançou sob a gestão de Nísia.

Impacto limitado na agenda legislativa

A sócia da XP argumenta que as alterações na equipe ministerial terão pouca influência na aprovação de matérias importantes no Congresso. Ela destaca que existem apenas três propostas principais que o Legislativo precisa aprovar este ano: duas medidas provisórias relacionadas ao crédito consignado e ao saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), além do projeto de isenção do imposto de renda para salários até R$ 5 mil.

“São matérias de viés mais popular, não vejo grandes dificuldades para o Congresso aprovar tendo ministério ou não tendo ministério”, afirmou a analista da XP, sugerindo que a governabilidade não será substancialmente afetada pelas mudanças na equipe ministerial.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia