16/06/2025 16:06

Região desponta como nova fronteira para o turismo – Informa Cidade

O Brasil ultrapassou a marca de 4,8 milhões de turistas estrangeiros nos cinco primeiros meses de 2025, atingindo 70% da meta anual estabelecida pelo Plano Nacional de Turismo. O dado, divulgado pelo Ministério do Turismo em parceria com a Embratur e a Polícia Federal, destaca o papel da Região Sudeste como principal porta de entrada e dispersão dos visitantes internacionais, com destaque para os estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

Segundo o levantamento, o estado do Rio recebeu 1.032.537 turistas estrangeiros entre janeiro e maio, o que representa crescimento de 52,3% em comparação com 2024. Em meio a esse cenário positivo, especialistas apontam um novo movimento: o interesse crescente por destinos fora do circuito convencional, como o Sul Fluminense, que reúnem atrativos históricos, naturais e culturais em distâncias estratégicas a partir da capital.

A especialista em turismo e CEO da Diamond Viagens, Santuza Macedo, observa um aumento nas consultas e reservas envolvendo cidades como Barra do Piraí, Vassouras, Valença (Conservatória) e Rio das Flores. “Estamos diante de uma oportunidade única. Com a alta do turismo internacional no estado, o Sul Fluminense surge como uma opção complementar aos roteiros de sol e praia, oferecendo experiências autênticas, ligadas à história do café, fazendas centenárias, trilhas ecológicas e festas populares”, explica.

O Sul Fluminense abriga uma das regiões mais relevantes do ponto de vista histórico e cultural do país. Conhecido como Vale do Café, o território conserva casarões imperiais, museus, igrejas barrocas, festivais de música e gastronomia típica. “É o tipo de experiência que atrai o turista estrangeiro contemporâneo, que busca vivência, contato com a cultura local e sustentabilidade”, afirma Santuza.

Além do turismo histórico, a região também se destaca pelo turismo rural, ecológico e religioso. Serra da Beleza, Parque do Ingá, Mirante da Graciosa, alambiques e plantações de café orgânico estão entre os atrativos mais valorizados por agências especializadas em turismo receptivo.

Apesar do potencial, a especialista ressalta que ainda existem desafios. “A sinalização turística bilíngue, qualificação de mão de obra e a conectividade com a capital são pontos que precisam avançar. O Sul Fluminense tem tudo para se posicionar como destino internacional, mas precisa de uma estrutura de acolhimento mais sólida”, pontua.

Segundo ela, o investimento em parcerias entre poder público, setor privado e agências locais é essencial para garantir que o fluxo turístico internacional se expanda para além da capital. “A descentralização do turismo é tendência global. Se o Sul Fluminense estiver preparado, poderá receber uma fatia importante desses visitantes e movimentar sua economia com qualidade”, conclui. (Foto: Divulgação / Luiz Carlos Lima)

 



Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia