Após o término da manifestação na tarde deste 7 de Setembro na Avenida Paulista, fontes do governo federal avaliaram que os protestos não afetam negativamente o governo Lula, apurou a analista de política da CNN Renata Varandas.
Um ministro próximo a Lula afirmou que Bolsonaro não tem proposta para melhorar a vida das pessoas e que sua única mobilização junto ao Congresso foi tentar barrar a reforma tributária.
Outra fonte presente no almoço no Palácio da Alvorada ressaltou que o país está andando na normalidade em relação às eleições e à economia, enquanto Bolsonaro está pedindo anistia em benefício próprio.
As principais reivindicações dos manifestantes, como previsto pelo governo, concentraram-se em dois pontos principais: a anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Inicialmente, o protesto tinha como foco o bloqueio da rede social X (antigo Twitter) e argumentos contra o suposto autoritarismo, defendendo a liberdade de expressão. No entanto, a pauta da anistia ganhou força após a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Carol de Toni, ter dado andamento ao projeto relacionado ao tema.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se referiu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como “ditador” durante ato contra o magistrado organizado neste sábado.
“Devemos botar freio através dos dispositivos constitucionais daqueles que saem, que rompem, os limites das quatro linhas da nossa Constituição. E eu espero que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador”, disse Bolsonaro em discurso a apoiadores no local.