15/06/2025 16:22

Romance sob pressão – Jornal Aqui

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Em tempos de grana curta, o romantismo ainda dá um jeito? De acordo com a nova pesquisa da Hibou, instituto especializado em monitoramento e insights de consumo, em parceria com Score Group, 51% dos brasileiros vão gastar menos no Dia dos Namorados, um aumento de oito pontos percentuais em relação a 2024. Mesmo assim, o clima de celebração não desaparece. 61% dos entrevistados afirmam que vão comemorar a data, adaptando os planos ao bolso, priorizando o afeto e evitando excessos.

Pra começar, com o orçamento reduzido, a comemoração vai ganhar um tom mais caseiro. 29% pretendem comemorar em casa, enquanto 17% dizem que vão produzir algo especial, mas também em casa. Apenas 21% planejam sair para jantar. Já 32% ainda não decidiram como vão comemorar. Tem também uma pequena parcela de pessoas que não querem nem
restaurante, nem ficar em casa: viajar aparece como intenção para 7%, com um aumento significativo de 5 pontos percentuais em relação ao ano passado. A comida e a bebida são tradicionalmente as peças centrais da celebração. Entre os destaques espontâneos que não podem faltar, vinho lidera, com 44% das preferências, seguido por comida japonesa (11%), cerveja (8%), espumante (6%), chocolate (6%), churrasco (5%), massas (5%), queijos (4%), fondue (3%), pizza (3%) e camarão (1%).

Presentes? Sim, mas com criatividade e critério
A maioria dos brasileiros afirma que intenção e carinho pesam mais do que o preço: 51% dizem que o presente ideal precisa demonstrar afeto, um aumento de 6 p.p em relação ao ano passado. 28% escolhem algo que sabem que o outro deseja com um comparativo de 7 p.p maior do que em 2024. Já 17% priorizam o presente que cabe no bolso. Somente 1% considera que o presente precisa ser caro. Entre os critérios de compra, qualidade (55%), preço (36%) aumento de cinco pontos percentuais em relação ao ano passado, e facilidade (30%) lideram o ranking.

Também ganham peso na decisão de compra avaliações e recomendações (20%) crescimento de 5 p.p comparado ao ano passado, indiretas do parceiro sobre o que querem ganhar (18%), prazo de entrega (14%), promoções (11%) e marca (3%). Quando o assunto é o que comprar, perfume lidera (50%) com aumento de 8 p.p em relação ao ano anterior, seguido de roupas (48%) que diminuiu 3 pontos percentuais nas intenções em comparação a 2024, chocolate (41%) cresceu exponencialmente 12 p.p em relação ao ano passado, viagens (37%), joias (33%), calçados (30%), flores (23%), acessórios (22%), gastronomia (21%), eletrônicos (19%) e produtos de beleza (18%).

Stories, cupons e likes valem mais que loja
As redes sociais influenciam 40% das escolhas, com um crescimento de 4% em relação ao ano passado, enquanto 21% se deixam levar por anúncios digitais, já 20% por recomendações de amigos, 16% por propagandas na TV, 14% pelo Reclame Aqui, 9% por mensagens no WhatsApp e 8% por e-mails promocionais. “O Dia dos Namorados continua sendo uma data significativa para a maioria, mas adaptada ao momento financeiro e à fase do relacionamento. Para quem está junto há mais tempo, o presente se torna mais simbólico do que material, e o momento compartilhado ganha valor. Há romantismo ainda, mas ele vem embalado em praticidade, economia e afeto mais realista”, analisa Ligia Mello, CSO da Hibou.

Quando e quanto se gasta no amor
33% compram o presente quando encontram o ideal, 19% só compram quando o bolso permite, 12% uma semana antes, 6% na véspera, 9% quando descobre o que o seu parceiro quer ganhar, 1% só depois da data, aproveitando os descontos. A compra será feita principalmente em loja física (30%), pela internet com entrega (23%) ou por meio de experiência, como jantar ou viagem (16%). O valor investido no presente é bem planejado. Até R$ 250 para quase metade dos brasileiros (48%). Sendo que, destes, 16% pretendem gastar até R$ 100, 15% entre R$ 101 e R$ 150, e 17% entre R$ 151 e R$ 250. Acima disso, 16% planejam gastar entre R$ 251 e R$ 500, e 6% pretendem investir mais de R$ 500.

Débito ou crédito? Na forma de pagamento, 31% devem parcelar no cartão de crédito, 23% pagar no débito, 21% à vista no crédito, e 10% via Pix. 29% ainda não pensaram como vão pagar o presente. “O Dia dos Namorados continua sendo uma oportunidade relevante para marcas que entendem o valor simbólico por trás do presente. O consumidor busca algo que represente afeto, sem necessariamente comprometer o orçamento — e é nesse ponto que as marcas podem gerar conexão real”, analisa Albano Neto, CSO e sócio do Score Group.

Data ultrapassada?
Entre os que não vão comemorar o Dia dos Namorados (39%), os motivos variam: 36% não estão em um relacionamento, 32% têm desinteresse na data, 18% afirmam que o parceiro não gosta de comemorar, e 14% mencionam que a relação longa gerou perda do encanto.

Silêncio, playlist ou modão?
Na trilha sonora do Dia dos Namorados, o sertanejo lidera com 24%, seguido de perto por MPB (23%), pop internacional (20%), rock (17%), pagode (16%), samba (11%) e funk (5%). Um grupo de 12% diz ouvir qualquer coisa, enquanto 8% preferem não ouvir nada.

Metodologia
O levantamento, realizado entre os dias 26 e 28 de maio de 2025, ouviu mais de 1.200 brasileiros, com margem de erro de 2,7%.

Sobre a Hibou
A Hibou é uma empresa especializada em pesquisa e insights de mercado e consumo, atuante há mais de 15 anos e trabalha o tempo todo com informação e olhares inquietos sempre do ponto de vista do consumidor. A empresa produz conteúdo qualificado utilizando ferramentas proprietárias para aplicação de pesquisas e análises de profissionais com mais de 25 anos de experiência. A Hibou oferece pesquisas qualitativas, quantitativas; exploratórias; de profundidade; de campo; dublê de cliente; desk research; monitoramento de comportamento e insights; presença de marca; expansão de região; expansão de mercado para produtos e serviços; teste de produto e hábitos de consumo.

Sobre o Score Group 

A Score Group é a empresa de Shopper experience do ecossistema B&Partners.co, responsável por transformar valores de marca em experiências memoráveis nos ambientes de compra e consumo.

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