Rússia de volta à Olimpíada? Presidente do COI sugere saídas para exclusão

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, acredita que um cessar-fogo ou um acordo de paz na guerra da Ucrânia pode influenciar o retorno da Rússia às competições olímpicas oficiais. A declaração foi dada nesta sexta-feira (7) em entrevista coletiva.

“Esta decisão não depende da guerra, a suspensão do Comitê Olímpico Russo. Se fizéssemos isso dependendo da guerra, teríamos que suspender talvez 50 ou até 100 comitês olímpicos nacionais a mais no mundo. Somos uma organização politicamente neutra. Então, a primeira condição para a Rússia participar é seguir as regras. Dessa vez, vou me permitir especular um pouco. Mas não tomem isso como precedência. Um cessar-fogo poderia ter uma influência nessas discussões“, avaliou.

Atualmente, a Rússia está proibida de competir os Jogos Olímpicos devido à invasão da Ucrânia. Antes disso, o país também foi suspenso por um escândalo de doping. Atletas russos e de Belarus puderam competir em alguns esportes individuais em Paris 2024, mas de forma “neutra”.

Em outubro de 2023, o COI suspendeu o Comitê Olímpico Nacional da Rússia após incluir comitês esportivos de quatro regiões – Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia – que haviam sido ocupadas por forças russas.

De saída do COI, Thomas Bach não estará à frente da organização em Los Angeles 2028, mas confia na isenção da entidade.

“Não posso mais falar pelo COI até então. Mas sempre foi nossa política e espero que não tomemos partido político e não tomemos sanções políticas que alguns fizeram até mesmo no movimento olímpico. Mas nós aceitaríamos, é claro, um tipo de lei internacional. Se um cessar-fogo, ou o que todos nós esperamos ainda melhor, um acordo de paz, resolvesse o status dessas regiões, então, é claro, o COI aceitará isso totalmente e assumirá as consequências“, analisou.

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