• Home
  • Política
  • STF suspende julgamento e convoca audiência sobre isenção de imposto a agrotóxico

STF suspende julgamento e convoca audiência sobre isenção de imposto a agrotóxico

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, nesta quinta-feira (13), o julgamento que discute a validade de isenções de impostos a agrotóxico. Os ministros decidiram convocar uma audiência pública para debater o tema.

Ainda não há data para a audiência. A proposta foi apresentada pelo relator, ministro Edson Fachin, depois de um pedido do PSOL, autor da ação.

A ação contesta norma do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que reduz em 60% a alíquota do ICMS dos produtos (autorizando sua completa isenção). Também questiona um decreto federal que isenta o pagamento de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) as substâncias usadas para a fabricação de agrotóxicos.

Havia três correntes diferentes de votos no julgamento virtual:

  • Fachin votou para reconhecer a inconstitucionalidade das normas;
  • Gilmar Mendes defendeu a rejeição do pedido;
  • André Mendonça propôs estabelecer um prazo para que governo federal e dos estados façam uma avaliação dessa política fiscal, com apresentação de custos e resultados.

Em sessão virtual que terminou em 3 de abril, Mendonça fez o pedido de destaque para enviar o caso ao plenário físico.

Pedido

Na ação, o PSOL argumentou que as renúncias fiscais contestadas violam normas constitucionais. Segundo a sigla, as normas, por incentivarem ou facilitarem o uso de agrotóxicos, são incompatíveis com os direitos ao meio ambiente equilibrado, à saúde e ao princípio da seletividade tributária, que define a carga de imposto de acordo com a essencialidade do produto.

“Dentre os impactos ambientais, percebe-se que esses produtos químicos eliminam insetos necessários ao equilíbrio das plantas, contaminam a terra, o ar e os recursos hídricos. Assim, poluem e causam danos incalculáveis ao meio ambiente”, disse o PSOL.

“O aumento da utilização dos agrotóxicos – e da contaminação por eles causada – relaciona-se diretamente com a expansão do agronegócio no país, cujo modelo, além dos agroquímicos, leva a outros grandes impactos socioambientais, como o desmatamento, o monocultivo em grandes extensões, a alteração da microfauna do solo e outros”.

Em manifestação no começo da sessão desta quinta (13), o advogado Rodrigo de Oliveira, representando a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), defendeu a manutenção da desoneração dos agrotóxicos.

Ele disse que aumentar a tributação dos produtos faria com que o consumidor final arcasse com um aumento de preços e que manter a política existente é uma medida importante para a segurança alimentar da população.

“A desoneração estabiliza os alimentos em preços razoáveis”, afirmou. “Os defensivos agrícolas não são itens de luxo, opcionais, são insumos fundamentais à produção agrícola”. Para o advogado, leis do país já proíbem o uso de agrotóxicos que ofereçam algum risco à saúda humana.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Brasil é o maior usuário mundial de agrotóxicos. Os dados são de 2021, os mais recentes disponíveis.

O volume do produto usado no país é quase 60% maior do que o aplicado nos Estados Unidos.

Além disso, supera o total dos agrotóxicos adotados nos Estados Unidos e na China, somados.

O Brasil também lidera o uso das substâncias por área (10,9 kg/ha). A segunda colocada é a Argentina, com (5,6 kg/ha).

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Carro fica destruído após pegar fogo em Volta Redonda

Cidades Carro fica destruído após pegar fogo em Volta Redonda Um carro (Siena) ficou destruído…

Saiba como o horário de verão ajuda a reduzir o consumo de energia

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou o retorno do horário de verão…

Cruzeiro domina Libertad e encaminha classificação na Sul-Americana

O Cruzeiro bateu o Libertad, no Paraguai, por 2 a 0, e conquistou boa vantagem…