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Tarcísio autoriza licitação para concessão de 3 linhas da CPTM ao setor privado

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), autorizou a abertura de licitação, na modalidade de concorrência internacional, para concessão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para a iniciativa privada por 25 anos.

A medida abrange o serviço “Expresso Aeroporto”, que liga a capital paulista ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.

O decreto, publicado no Diário Oficial de 14 de novembro, dá início ao projeto “Lote Alto Tietê” do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP), que prevê a extensão das três linhas.

Em suas considerações, Tarcísio aponta que a concessão colaborará para a diminuição dos intervalos entre os trens e maior acessibilidade e conforto.

O primeiro objetivo da concessão, segundo o decreto, é “a implantação dos empreendimentos compreendendo as atividades de construção, requalificação, ampliação, adequação e modernização da infraestrutura das linhas concedidas”.

A Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) será responsável por fiscalizar os serviços.

De acordo com o documento, o critério de julgamento da licitação será o de quem oferecer maior desconto à parcela dos custos do governo, nos termos do edital a ser publicado.

Lote Alto Tietê

O projeto “Lote Alto Tietê, prevê um investimento de R$ 13,3 bilhões, e uma rede de 128 km de extensão as linhas da CPTM, sendo elas:

  • Linha 11-Coral: extensão de 4 km de Estudantes a César de Souza
  • Linha 12-Safira: extensão de 2,7 km de Calmon Viana a Suzano
  • Linha 13-Jade: extensão de 10,4 km de Guarulhos até Bonsucesso e expansão de 5,2 km até Gabriela Mistral

Obrigações

De acordo com o decreto, dentre as obrigações do governo paulista estão:

  • regulamentar e fiscalizar a prestação do serviço concedido;
  • fixar e rever as tarifas públicas;
  • receber e apurar reclamações dos usuários;
  • intervir na prestação dos serviços, retomá-los e extinguir a concessão, nos casos e nas condições previstos em lei e no contrato.

Já para a concessionária haverá a obrigação, dentre outras medidas, de:

  • prestar serviço adequado a todos os usuários;
  • obter todas as licenças, autorizações, permissões, dentre outras exigências descritas no contrato;
  • zelar pela integridade dos bens integrantes da concessão e pelo meio ambiente.

Atualmente, duas linhas dos trens de São Paulo são administradas pelo setor privado: 8-Diamante e 9-Esmeralda, que são operadas pela Via Mobilidade desde 2022.

*Sob supervisão de Renata Souza

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