A Transpetro, subsidiária de transporte da Petrobras, pretende lançar no meio do ano uma nova licitação para contratar quatro embarcações que atenderão a logística da estatal.
Além disso, a companhia busca incluir a contratação de outros nove navios de cabotagem no plano de negócios da petroleira para o período de 2026 a 2030.
A expectativa é que o edital para essa concorrência seja lançado no início de 2026.
“Nessa licitação do meio do ano, vamos lançar a concorrência para contratar navios do tipo MR1, com capacidade de 25 mil toneladas, para realizar cabotagem para a Petrobras”, afirmou o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, após participar de um evento no Rio de Janeiro em comemoração aos 45 anos do Partido dos Trabalhadores (PT).
Bacci acrescentou que a discussão sobre a inclusão dos nove novos navios no plano estratégico da Petrobras está em andamento, mas que a expectativa é lançar o edital em janeiro de 2026.
As iniciativas integram uma estratégia para fortalecer a indústria naval brasileira, em linha com a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aposta na Petrobras como impulsionadora da economia e da geração de empregos.
Na próxima segunda-feira, a Transpetro fará um evento no estaleiro de Rio Grande (RS), com a presença de Lula, para a assinatura de contrato para a construção de quatro navios da classe Handy. Cada embarcação terá um custo de US$ 69,5 milhões e será utilizada no transporte de derivados de petróleo na costa brasileira.
Paralelamente, a Transpetro lançou nesta semana uma concorrência internacional para a contratação de oito navios gaseiros. A iniciativa visa triplicar a capacidade de transporte de GLP e derivados, além de viabilizar o transporte de amônia.
As novas licitações incluem uma exigência de 40% de conteúdo nacional, com o objetivo de fortalecer a indústria naval local.
“Acreditamos que esse é um percentual viável. Quanto maior o conteúdo nacional, melhor, mas trabalhamos com esse mínimo de 40%”, afirmou Bacci.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, tem reforçado em eventos do setor que os fornecedores devem se preparar para um período de investimentos intensos. “A Petrobras está pisando no acelerador”, declarou.