Trump busca redesenhar setor financeiro global, diz economista-chefe do IIF

As tarifas de Donald Trump geraram uma onda de incerteza e desconfiança ao redor do mundo. Os mercados americanos despencaram e chegaram a cair cerca de 9% na primeira semana de abril.

Segundo o economista-chefe do Instituto Internacional de Finanças, Marcello Estevão, o mundo enfrenta uma situação complexa que vai além de um simples choque externo. “O que a gente está vendo hoje em dia não é simplesmente um choque externo, é um choque que está sendo construído pelo governo americano”, afirma.

Ele ressalta que não se trata de uma crise provocada por fatores como uma pandemia ou problemas no setor financeiro, como ocorreu em 2008.

Mudança estrutural nas relações internacionais

O economista enfatiza que as ações atuais representam “uma decisão de política pensada para mudar a engenharia do sistema financeiro e econômico estratégico e político”. Esta abordagem, segundo ele, torna o choque muito mais profundo e estrutural, exigindo que países como o Brasil se preparem para uma mudança significativa nas relações internacionais.

Dados recentes do PIB americano, que se mostraram abaixo das expectativas, reforçam a previsão do economista de uma recessão nos Estados Unidos, possivelmente iniciando no próximo semestre. “Eu estou prevendo uma recessão nos Estados Unidos começando no semestre que vem, começando na verdade no mês que vem, mas vai aparecer nos dados trimestrais do segundo semestre aqui nos Estados Unidos”, explica.

 

O papel do Brasil no cenário global

Quanto ao Brasil, o especialista observa que o país não é visto como uma prioridade pelos Estados Unidos no atual contexto político mundial. No entanto, ressalta a importância do Brasil como um grande exportador de commodities e competidor da economia americana nesse mercado.

“O Brasil é muito importante porque é um país grande, é um grande exportador de commodities, é um grande competidor da economia americana no mercado de commodities”, afirma. Ele sugere que, com a possível queda na demanda por produtos americanos como soja e milho, o Brasil pode ganhar espaço em relação à China nesses setores.

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