Neste 24 de maio, Dia Nacional do Café, o Vale do Café, no estado do Rio de Janeiro, celebra conquistas importantes tanto na produção cafeeira quanto no desenvolvimento do turismo rural. A data marca também os avanços promovidos pelo Arranjo Produtivo Local (APL) do Café, que tem transformado a dinâmica econômica de diversos municípios da região desde sua criação em 2020.
Coordenado pelo assessor especial da Secretaria de Estado de Turismo (Setur-RJ), Wanderson Farias, o APL surgiu durante o Fórum do Café, realizado em Vassouras, e consolidou parcerias entre a Setur-RJ, as secretarias estaduais de Agricultura e Desenvolvimento Econômico, o Sebrae, a Emater, a Pesagro e diversas entidades municipais e produtores locais.
Entre os marcos recentes do programa estão: a fundação da Ascav (Associação de Cafeicultores do Vale do Café); o início da implantação do primeiro laboratório público de café da região em parceria com a Pesagro-Rio; e o anúncio do primeiro museu público do café no estado, que será sediado em Ipiabas, distrito de Barra do Piraí, fruto da cooperação entre a prefeitura local e a Setur-RJ.
A identificação geográfica (IG) do café do Vale também está em fase de implementação, sob coordenação técnica do Sebrae. A IG permitirá agregar ainda mais valor aos produtos cultivados na região e reforçará a identidade do café fluminense no mercado nacional e internacional.
“A gente tem fazendas históricas que hoje produzem cafés de altíssima qualidade. A Fazenda Florença, por exemplo, tem um café premiado; a Fazenda Alliança produz o Café Durini, e a Taquara é uma das mais tradicionais da região. São exemplos de como o passado e o presente se unem para criar um produto único, com valor turístico e comercial”, destaca Wanderson Farias.
O turismo rural também tem se consolidado como uma importante ferramenta de fortalecimento econômico e cultural no Vale do Café. Por orientação do secretário estadual de Turismo, Gustavo Tutuca, os produtores integrantes do APL têm recebido apoio técnico, logístico e promocional para abrir suas propriedades à visitação, criando novas rotas turísticas e oportunidades de renda.
Outro aspecto importante são os festivais gastronômicos apoiados pela Setur-RJ, como o Festival Sabores do Vale do Café, o Delícias do Vale e o próprio Festival Vale do Café, que além do café, também promovem produtores de queijos e cachaças da região — produtos que também integram o escopo do APL.
“O café é o carro-chefe, mas o Vale é muito mais. Estamos falando de um território com vocação histórica, cultural e agrícola. Os festivais são fundamentais para dar visibilidade a esses produtos e atrair turistas interessados na experiência rural”, avalia o coordenador do APL.
Para marcar o Dia Nacional do Café, Wanderson Farias anunciou ainda que a Rota Turística do Café será lançada em breve. A proposta é reunir em um só itinerário as principais fazendas históricas produtoras de café, permitindo ao visitante uma verdadeira imersão na história, cultura e sabor do Vale do Café.
O projeto de sinalização turística da Setur-RJ, que já instalou placas em diversos pontos estratégicos da região, também reforça essa proposta de estruturação do turismo rural, facilitando o acesso e a navegação dos visitantes.
Parcerias fundamentais
Os avanços alcançados até aqui são frutos da integração entre diferentes esferas de governo e entidades. O coordenador do APL fez questão de agradecer ao apoio da secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Fernanda Curdi; ao secretário de Agricultura, Flávio Campos; e ao presidente da Pesagro, Paulo Renato Marques.
“A soma de esforços tem sido fundamental. A atuação integrada entre turismo, agricultura e desenvolvimento econômico está permitindo que o Vale do Café avance com consistência, respeitando suas tradições, mas olhando para o futuro com inovação e sustentabilidade”, finaliza Wanderson.
