O analista da CNN Victor Irajá comentou, durante o CNN Arena (segunda a sexta, 18h), desta terça-feira (2), as recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre empresas privatizadas e críticas ao Banco Central (BC).
De acordo com Irajá, Lula parece não entender que algumas coisas mudaram desde que ele chefiou o país pela última vez — ele foi presidente de 2003 a 2010 antes de retornar em 2023.
Críticas de Lula a empresas e instituições
Apenas na última semana, o presidente criticou, em mais de uma ocasião, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e a Vale, alegando demora no pagamento de indenizações aos moradores de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais.
Além disso, Lula já havia disparado críticas contra a Eletrobrás, privatizada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), e lamentou a privatização da companhia durante a posse de Magda Chambriard como presidente da Petrobras.
Perda de influência sobre empresas e autarquias
Segundo Irajá, desde que voltou à presidência, Lula parece não assimilar que não tem mais a mesma influência em empresas e autarquias que em outros momentos, quando “mandava e desmandava”.
Mesmo empresas privatizadas anteriormente, como a Vale, desenvolveram sistemas de governança e profissionalizaram a escolha de CEOs, diminuindo a ingerência dos governos.
Hoje, o poder público mantém certa influência na Vale apenas por meio da Previ, fundo de previdência de funcionários do Banco do Brasil, que detém 8,7% de participação na mineradora. Foi por meio dessas cadeiras destinadas à Previ que Lula procurou chancelar nomes como Guido Mantega e Paulo Caffarelli à presidência da Vale.
Expectativas para o Banco Central
Em dezembro, Lula terá a prerrogativa de indicar um sucessor no mandato de Roberto Campos Neto à frente do BC. A expectativa é de que o presidente indique alguém com responsabilidade em relação à política monetária do país, sendo Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do BC e ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, o nome melhor posicionado.
Para Irajá, Lula precisa entender que o BC é hoje uma autarquia completamente independente e que críticas a essa instituição e a empresas privatizadas só afugentam investimentos e impactam os mais pobres, que o presidente diz defender. “O presidente precisa entender que o Brasil mudou desde que ele foi presidente e ainda bem”, concluiu o analista.
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(Publicado por Raphael Bueno, da CNN Brasil)
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