Foi um péssimo dia para o governo Lula 3 no Congresso Nacional. O governo perdeu cada queda de braço que topou levar adiante com os parlamentares.
As derrotas vão desde a “saidinha” dos presos — que o Congresso manteve a proibição — até a proibição de criminalizar a difusão de fake news, que já vinha do governo Bolsonaro. As derrotas abrangeram também matérias relativas a aborto e mudança de sexo.
Os assuntos são bem diversos, mas o recado é muito claro. Quando se tratou de liberação de emendas para parlamentares, as negociações progrediram. Mas as chamadas pautas político-partidárias, aquelas que estão no meio da polarização ou são caras do ponto de vista ideológico, o Congresso bateu feio no governo.
Nem importava muito o mérito das questões, como foi o caso da não criminalização das fake news. Antes, o Congresso achava que seria crime. Bolsonaro vetou. Lula não gostou, mas o Congresso manteve o veto. Ou seja, antes o Congresso achava que devia ser crime e agora acha que não deve ser.
Parece um zigue-zague, mas não é. O que o Congresso está querendo dizer ao Executivo é que de fato exerce seus poderes.
Nenhuma surpresa. A não ser o governo Lula acreditar que resolve, no gogó, o que é hoje uma mudança estrutural de pesos específicos na constelação de poderes em Brasília.
O Congresso é forte. O governo é fraco.
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