Warren Edward Buffett é uma lenda do mundo dos investimentos. Aos 94 anos, acumulou uma fortuna que supera os US$ 160 bilhões e é, atualmente, o quinto ser humano mais rico do planeta.
Mesmo assim, mantém hábitos simples — ou, se você preferir, excêntricos.
Mora na mesma casa que comprou em 1958 em Omaha, é acompanhado frequentemente por lata de refrigerante de Cherry Coke e não dispensa o café da manhã comprado por ele mesmo no drive-thru do McDonald’s.
Filho de um congressista e corretor da bolsa, Buffett nunca foi pobre, mas demonstrou talento precoce e fora do comum para os negócios desde muito pequeno.
Uma das histórias mais conhecidas remonta a 1936, quando Buffett, aos seis anos, comprava engradados com seis garrafas de Coca-Cola na mercearia de seu avô. Pela meia dúzia de garrafas, pagava 25 centavos de dólar.
Em seguida, vendia cada garrafa por 5 centavos e, assim, tinha lucro de 5 centavos a cada engradado negociado. Uma margem de lucro de 20% — nada mal.
Com o sucesso nas bebidas, decidiu ampliar os negócios e o pequeno comerciante começou a fazer o mesmo com chicletes. Para vender, o pequeno Buffett saía de porta em porta nas ruas da cidade onde vive até hoje.
A sagacidade seguiu na adolescência, quando viveu alguns anos em Washington. Lá, entregava jornais. Era remunerado a cada jornal entregue, mas Buffett queria mais.
E, para alavancar os ganhos, otimizou rotas de entrega e passou a vender assinaturas dos jornais. Nos dias de hoje, diriam que “agregou serviços”.
Anos depois, na juventude, comprava máquinas de pinball para instalar em barbearias. O lucro era dividido com os barbeiros.
O sucesso nos negócios era claro, mas a grande mudança de patamar aconteceu na universidade. Na Columbia Business School, foi aluno de Benjamin Graham, considerado o “pai do value investing”.
Essa filosofia da gestão de recursos tem como principal foco comprar ações de empresas sólidas por um preço abaixo de seu valor intrínseco. Passou a ser o mantra de Buffett.
A partir daí, é a história que conhecemos.
Buffett montou uma carteira de empresas icônicas. Ele é grande investidor em companhias que são verdadeiros símbolos dos EUA, como a Coca-Cola, American Express e Apple.
Além disso, a holding do investidor, a Berkshire Hathaway, é dona de dezenas de empresas em diversos setores, incluindo a seguradora GEICO, a rede de sorvetes Dairy Queen, a gigante ferroviária BNSF Railway e a fabricante de pilhas Duracell.
Aos 94 anos, a pilha de Buffett parece estar longe do fim, mas a questão da sucessão na Berkshire Hathaway é um tópico relevante. Buffett já indicou que Greg Abel, atual vice-presidente do grupo, será seu sucessor como CEO.
Quando? Ainda ninguém arrisca apostar.
O legado de Warren Buffett, porém, transcende os números. Ele criou uma verdadeira filosofia de investimento racional baseada na gestão ética e uma notável capacidade de comunicação e ensino.
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